sábado, 2 de julho de 2011

Quem vai matar Leo? O mal que há em nós...

Foi andando pelas ruas da cidade que me deparei com uma revista com a seguinte frase: “Quem vai matar Leo?” Antes de tudo gostaria de salientar que quando era uma pseudo intelectual pró cultura, abominava o fato de assistir novelas, e achava o máximo dizer que “não assisto novelas, tenho outros interesses”. De qualquer forma, embora ainda não assista novelas eu sei quem é o Léo. Se você não sabe, venho fazer uma breve descrição do mesmo:
Léo é o vilão da novela das oito da Globo. É um sujeito ambicioso, inteligentíssimo, esperto, invejoso, sabe aproveitar as oportunidades... e como se não bastasse, muito sedutor como só os vilões sabem ser!
De qualquer forma querem matar o Léo! Sim, o Léo é MAAAAAAAAL!!! Matou a sangue frio, prejudicou o irmão, roubou o pai...
O que ocorre é que sentimos certo prazer quando um cara tão maaaaaaal se dá maaaaaaaaal!!! Quanto mais sofrimento, mais prazer sentimos! Que delícia ver aquele cara que humilhou ser humilhado! Que gostoso ver aquela vilã da novela apanhar da mocinha da novela! Sinto informar-lhes que isto, meus caros é o MAL! O mal que há em nós!
Ainda temos a tendência de dividir as pessoas entre boas e más desconsiderando totalmente todas as cores que existem entre estes extremos. Lembro- me de um filme “Amores Brutos” (Amor Perro) onde um matador de aluguel vivia com um considerável número de cachorros por quem nutria grande amor! Um belo dia adotou um cachorro muito dócil, mas que havia sido treinado para matar outros cachorros (ele não sabia). Eis que quando este sujeito chega em casa, encontra todos os seus cãezinhos mortos, (cena forte para os que amam cachorros, passei dois dias chorando) exceto aquele que os havia assassinado. O sujeito desnorteado olha para o cachorro matador e diz: “como você teve coragem de matar seus iguais?!”, boa pergunta, não?  Sim queridos, os vilões também amam! Ou alguém, ou alguma coisa. Sim, os mocinhos também possuem um lado ruim, obscuro...
Como faço parte deste mundão, vejo que também tenho o hábito de separar tudo entre bem e mal em relação a situações, experiências, pessoas e até em relação a mim mesma. Isto é bastante limitador. É preciso entender que ninguém é tão bom ou tão mal quanto parece e que as qualidades, suas e alheias, SEMPRE devem ser observadas! Descobrir o mal em nós, nos torna mais compreensivos com os erros alheios e nos dá oportunidade de nos apropriarmos dos “acertos” alheios!
Então, para concluir, venho fazer uma revelação: EU VOU MATAR LÉO! Mas mato só uma parte dele! Aproprio-me de sua inteligência, sua esperteza e claro, de seu lado sedutor!  O resto, eu mato, bem aqui dentro...
E já que estamos falando de cultura de massa e de julgamentos sobre o que é bom e mau, termino este post com o trecho de uma música de um programa de televisão que provoca muitos comentários e muitas críticas e que eu não assisto, porque tenho outros interesses, digamos, mais intelectualizados...

Viviane Sansperi
“Se pudesse escolher
Entre o bem e o mal, ser ou não ser?

http://www.youtube.com/watch?v=zTtKhYTmxCI&feature=related


domingo, 3 de abril de 2011

Um pouco de ócio, por favor!

 
Ócio.
 
  Acho esta palavra tão luxuosa e ao mesmo tempo tão perturbadora! Sempre fui ligada nos 220! Iniciava 4, 5 coisas ao mesmo tempo: tinha época que começava a ler três livros na mesma semana, tinha dois empregos, estudava duas coisas completamente diferentes... uma necessidade imperiosa de experimentar TUDO, não perder NADA!!! A questão é que sempre briguei com o tempo e tenho a impressão de que não posso desperdiçar um minuto dele! Contraditoriamente, perder tempo é uma constante em minha vida, por isso o ócio me é tão perturbador...


  Lembro-me que quando era adolescente, me preparando para passar no vestibular e comecei a trabalhar em uma lojinha. Uma amiga havia me dito que eu deveria guardar meu dinheiro durante aquele ano e passar um ano inteiro só estudando, pois aí poderia estudar em uma faculdade pública, renomada... mas eu não queria perder tempo! Ficava desesperada em imaginar que não estaria formada aos 21 anos... e olha só: 32 anos e lutando para me formar depois de iniciar duas faculdades... se eu soubesse, não teria me preocupado em perder apenas 1 ano, já que perdi 11... (peraí, ganhei experiência!)


  Sem ressentimentos, o fato é que o ócio, o "não fazer nada"  me perturba. E aí, o que acontece? Como não sou mulher biônica e não consigo e muitas vezes não quero fazer tudo ao mesmo tempo, eu passo o tempo pensando o que eu queria fazer e perco tempo pensando no tempo que eu queria ter! Porque não aceitar o tempo e suas limitações? Porque não agir a favor dele? Tanto atitudes positivas quanto negativas, se repetidas diariamente, com o “tempo” tomam uma força enorme (maus hábitos como fumar, ao longo dos anos, pode se tornar destruidor, em contrapartida, guardar dinheiro, ter uma alimentação saudável, fazer exercícios, em pouco tempo, podem mudar sua vida - "faça o que eu digo, não faça o que eu faço").


  Mas voltemos ao tema central deste post: ÓCIO!
  Tcharan: não sei o que dizer dele... acho importante que nos permitamos um pouco de ócio (o famoso ócio criativo!) e acredito inclusive que a insônia é fruto de uma mente em constante agitação, que não entra nunca em ócio (nunca esvazia); alguma sugestão para o ócio sem culpa? Enquanto isso, ouço a voz da mente de Cazuza:


“O tempo não pára.
  Não pára, não...
  Não pára!"

Viviane Sansperi

quinta-feira, 10 de março de 2011

Dar e receber amor

É tempo de despertar! 
Já levou uma rasteira da vida? Eu já. Várias. Tenho certeza que você, como eu, também já levou várias!
Sempre se diz que o sofrimento nos deixa mais forte, mas penso que muitas vezes um machucado que cicatriza,  deixa a pele tão dura que faz com que ela perca toda a sensibilidade. Não precisamos nos tornar fortes, precisamos nos tornar melhores, mais humanos, mais felizes e para isso, só há um caminho: AMOR!
Não vou filosofar a respeito do amor nem me colocar na posição de exemplo de amor dado e amor próprio, porque ainda estou no início desta caminhada e levo alguns tombos, tenho algumas feridas que procuro limpar e cuidar com muito carinho para que não se tornem carapaças.
Pretendo simplesmente aqui, dizer que dar amor não doi, não tem contra indicações e pode ser feito de forma generosa sem prejuízo para o ofertante. Se na própria natureza temos a lei de ação e reação, é fato que tudo que ofertamos ao mundo nos retorna: amor dado É amor recebido!
Temos apenas que desenvolver sabedoria para receber! Determinamos a forma e a figura, como crianças mimadas, nos tornando impermeáveis...
Tenho uma mestra em dar e receber amor! Ela não sabe ler, não sabe escrever e também não fala. Já briguei muito com ela porque sou impaciente com sua insistência em querer minha comida, mas ela está sempre ali. Disposta a pedir e dar amor. E consegue. É a vira-lata mais linda que conheço! E sem dúvida, a que mais amo!
Hoje, somente posso agradecer a tanto amor recebido de todos: Magna, Raul, Dilma, Cassinha, Tia Leda, Bianca, amigos e companheiros amados que me fazem acreditar que amor e amar, SEMPRE VALEM A PENA!
Como dizia um velho conhecido:
"HAY QUE ENDURECER, PERO SIN PERDER LA TERNURA JAMAS!"

Viviane Sansperi

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Círculos viciosos

Você já percebeu que algumas situações sempre se repetem em nossas vidas?
Por mais que haja mudanças de empregos, namorados, cidades e no próprio mundo, algumas situações são sempre iguais, feridas que nunca se fecham, dores (ou vícios) que parecem nos perseguir como uma praga.
Você já esteve no "dia da marmota"? Aquele, do filme "Feitiço do Tempo" onde o personagem principal acordava sempre no mesmo dia, com a mesma música, cujas pessoas diziam as mesmas coisas? Eu já.
Questiono: se a Terra gira em 360º e ficamos estáticos, retornamos ao ponto de partida, certo? Então qual seria a solução para mudanças tão esperadas? Em um mundo onde o desejo de mudanças radicais está enraizado no inconsciente coletivo, (prova disso são os programas que transformam pobres em milionários, feios em bonitos e barracos em casas típicas de revistas de decoração), todo mundo sonha com o momento exato em que tudo, TUDO irá MUDAR!!! É como se no estalar dos dedos ou no "farfalhar das asas de uma borboleta" nossa vida pudesse mudar completamente. Quem nunca leu livros de auto-ajuda com soluções tão simples que nos fazem sentir idiotas por não ser milionária (o) casada (o) com o ser mais bonito/compreensivo/rico/bem-humorado do planeta e ainda com realização profissional????
Voltemos então novamente ao "farfalhar das asas...": se ficamos parados exatamente no mesmo lugar, o planeta nos trás de volta ao ponto de partida; neste caso, a solução mais simples para as mudanças tão esperadas é DAR UM PASSO! Quando digo um passo, é rever aquela atitude simples e repetida ou aquele pensamento vicioso que faz com que a própria Terra se encarregue de nos retornar ao ponto de partida. Dando apenas um passo sua vida já pode mudar completamente... Imagine a mudança se ao invés de um passo nós escolhermos caminhar...

"O bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e talvez provocar um tufão do outro lado do mundo."

Viviane Sansperi

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Insônia...

Cansada de ser chamada de preguiçosa pelos coleguinhas matutinos criei o blog Insônia em homenagem ao meu despertador que tocava às 3 da manhã para que eu escrevesse minhas redações do colégio...